As vezes,tenho medo de esquecer como sonhar, esquecer como é ter teus lábios nos meus, ou mesmo, esquecer como é tê-lo por perto. Parece errado lutar e querer ficar contigo, quando já deixastes bem claro que não passo de um ‘estepe’, que não sou sua prioridade.
Dessa maneira, não me deixas partir. Como posso ir embora , se a qualquer momento podes brigar com a ‘outra’ e vir para os meus braços em busca de consolo? Como posso desistir, se me deixaste com o coração cheio de esperança?
Acho que eu te amo.
Não, não entendestes.
Acho que eu te amo!
Não sedes homem suficiente para me libertar, por medo de seu romance não dar certo e ficares sozinho. Inseguro. Covarde. Mentiroso. Egoista.
É por isso que acho que o amo. Por conhecer todos os seus defeitos e mesmo assim não conseguir deixá-lo, não conseguir substituir as poucas lembranças boas, pelas, muitas, dolorosas.
Não sei o que vi em ti. Nem se quer recordo-me da mentira que proferistes que me fez esquecer do meu amor próprio.
Eu estou sofrendo, em silêncio, mas isso não diminui a dor.
Sabe aquelas pessoas que compram passagens só de ida pra um lugar distante? Pois bem, eu sou como elas. Silenciosas, com ferimentos profundos e que rezam desesperadamente pra que alguém as impeça de sumirem de suas vidas.
Neste momento, eu estou rezando. Não por muito tempo. Então, ajes. Sabes o que acontece quando as preces terminam? As pessoas vão, e não voltam, não as mesmas.
Não direi que decisão deves tomar ou qual é a melhor solução. Só quero que lembres que a mulher que voltar, depois que eu partir, não te amarás. Não mais!